Reflexo Condicionado

Em psicologia, o reflexo condicionado é uma resposta aprendida que surge da associação entre um estímulo neutro (condicionado) e um estímulo que já provoca uma resposta natural (incondicionado). O reflexo condicionado é uma forma de aprendizado que permite aos organismos adaptar seu comportamento e é fundamental no condicionamento clássico, popularizado pelos experimentos de Ivan Pavlov com cães salivando ao som de um sino. 

Como funciona:
1. Estímulo Incondicionado (EI): Um estímulo natural que provoca uma resposta automática. Ex: A comida para o cachorro. 
2. Resposta Incondicionada (RI): A reação natural e inata ao EI. Ex: A salivação do cachorro diante da comida. 
3. Estímulo Condicionado (EC): Um estímulo inicialmente neutro, que não causa a resposta esperada. Ex: O som de um sino. 
4. Associação: O EC é apresentado repetidamente antes ou junto com o EI. 
5. Reflexo Condicionado (RC): Após as repetições, o EC passa a provocar a mesma resposta que o EI, mesmo sem a presença dele. Ex: O cachorro passa a salivar apenas ao ouvir o sino. 

Características e importância:
Aprendizagem e adaptação: O reflexo condicionado é crucial para a adaptação ao ambiente, permitindo que o organismo antecipe eventos e ajuste seu comportamento de acordo. 
Preditivo: Serve como um sinal para prever eventos, como a chegada de comida (recompensa) ou um perigo (punição). 
Voluntário e involuntário: Os reflexos condicionados são respostas involuntárias e não estão sob o controle consciente do indivíduo. 
Extinção: Se o estímulo condicionado (EC) for apresentado repetidamente sem o estímulo incondicionado (EI), o reflexo condicionado pode desaparecer. 

Exemplos:
O experimento de Pavlov: O som do sino (EC) antes da comida (EI) faz o cão salivar (RC) apenas com o som. 
Fobias: O experimento do Pequeno Albert mostrou como um bebê desenvolveu fobia a animais peludos (EC) ao associá-los a um barulho assustador (EI). 
Publicidade: Anúncios que associam um produto a uma emoção positiva podem criar um reflexo condicionado, levando os consumidores a associar o produto à alegria. 

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